sábado, 30 de junho de 2012

Chico Xavier Não Foi - E Não É - Santo!




CHICO XAVIER NÃO FOI – E NÃO É – SANTO!

                                       por 
Pedro Camilo


Desde a desencarnação de Chico Xavier, tenciono escrever algumas linhas sobre ele, sua vida, sua obra. Em verdade, esse desejo é maior do que comporta o espaço de uma crônica e, por certo, se transformará em um trabalho um pouco maior. Entretanto, considerando-se que hoje, 30 de junho de 2012, completam-se 10 (dez) anos do seu retorno à pátria espiritual – se é que ele se encontrava distante de lá –, animei-me para fazer, dentre as muitas que têm ocupado minha mente, uma reflexão, em especial: por que transformamos Francisco Cândido Xavier numa espécie de santo?

Antes de indicar algumas razões, convém identificar fatos e comportamentos que nos revelem essas atitudes, por assim dizer, santificadoras da figura do médium mineiro. Além disso, recomendo ao leitor que, ainda que algumas palavras o incomodem e inquietem, não se furte a acompanhar o texto até o final, para que possa melhor se certificar das minhas intenções ao traçar estas linhas.

Em primeiro lugar, desde a década de 1970 e a aparição de Chico no programa “Pinga-fogo”, Uberaba se transformou em uma espécie de Meca para os espíritas, parada obrigatória, local sagrado de visitação. Não se concebia que alguém, sendo espírita, nunca tivesse visitado a cidade para se avistar com o médium, aquele médium tão conhecido e que foi veículo de tantos espíritos distintos e reconhecidamente operosos. Lá, filas imensas eram formadas por pessoas que desejavam beijar-lhe as mãos ou, simplesmente, chorar diante deles, a fazerem seus mil pedidos e orações, na esperança de obterem graças tão desejadas. Como classificar tais comportamentos?

Nessa esteira, transformamos as palavras de Chico Xavier, ou dos espíritos por seu intermédio, em verdades absolutas, incontestes, não passíveis de discussão. Esquecemos que cada médium e cada espírito trazem suas opiniões, como alerta Kardec, e nos deixamos seduzir por qualquer noticiário que nos chegue, desde que justificados pela assinatura de Chico ou dos espíritos que o acompanharam. Como classificar tal postura?

Falamos de sua vida, repetimos fatos de sua história, de suas dificuldades, como se falássemos de um ser sagrado e que o foi, sobretudo, em virtude da capacidade “extraordinária” de contato com os espíritos. Exaltamos sua mediunidade e os fenômenos produzidos, como se o tivessem sido por ele mesmo, Chico, esquecidos de que os livros e os fenômenos foram provocados pelos espíritos (médium significa intermediário, afirma Allan Kardec), estes sim, seus verdadeiros autores e que devem, com justiça, merecer os louros pelo que fizeram. Como classificar tal distanciamento doutrinário?

Após sua desencarnação, Pedro Leopoldo e Uberaba se transformaram, para muitos, lugares sagrados. Peregrinações para conhecer o lugar onde viveu aquele grande ser, para orar diante do seu túmulo e de sua estátua (???). Aliás, tal estátua virou até lenda, afirmando-se que produz uma água milagrosa que cura males e enfermidade, que já é até engarrafada por pessoas que lá vão e se colocam, vivamente emocionadas, a exortar e a prantear suas agruras diante da imagem do ser venerado. Como classificar tal distorção?

Homenagens se multiplicam mundo afora, em verdadeira demonstração de que temos confundido a pessoa com seu trabalho, desconhecendo o papel secundário que os médiuns desempenham na tarefa mediúnica.

E outros tantos exemplos poderíamos dar, deste processo de santificação de Chico Xavier.

Tudo isso temos feito por nossa lamentável ignorância sobre os seguintes aspectos:

- mediunidade não é privilégio de pessoas especiais, por não se tratar de um dom sobrenatural, e sim faculdade natural, que todos possuímos, embora em graus e intensidade diferentes;

- médiuns não são deuses, e sim pessoas normais, comuns, “filhas de Deus, nessa canoa furada” em que nos encontramos. São pessoas que vivem e respiram como todos os demais e que não estão livres dos dissabores da vida;

- temos uma herança atávica terrível, que ainda nos dita a necessidade de criarmos os nossos cultos externos e “inventarmos” pessoas para idolatrar. Seja pela educação recebida, seja pelas marcas ainda muito vivas das experiências religiosas de outras encarnações, ainda precisamos, no fundo d’alma, criar mitos para venerar, o que em nada se coaduna com a proposta libertadora e renovadora que o Espiritismo traz.

É preciso lembrar que Chico também foi – e continua sendo – gente! Privou de muitas dificuldades íntimas, lidou com os males físicos que, para ele, se fizeram irremediáveis, se viu envolvido em problemas de toda ordem, possuía limitações diversas, o que faz concluir que não estava entre nós por acaso – também ele possuía suas questões a resolver.

Não era uma alma perfeita, evoluída, mas que soube aproveitar algumas oportunidades para trabalhar, em si, virtudes como paciência, resignação, devotamento e humildade, e mais por isso, do que propriamente pelos fenômenos mediúnicos, é que deve ser lembrado e respeitado em sua tarefa.

Estejamos bem atentos no que fazemos, quando levamos adiante esse clima santificador em torno de Chico Xavier. Reconhecê-lo humano, de carne e osso, com suas limitações e conflitos, o torna muito maior do que esse santo que tanto pintamos. É muito mais encorajador reconhecer a verdade e nos sentirmos verdadeiramente confiantes para arrostar as tempestades de nossas vidas, por termos, como exemplo, um igual, do que fantasiar e imaginar poderes sobre-humanos inexistentes, distanciando-o da nossa realidade e imaginando inalcançável a sua superação.

Com isso, não estamos desconsiderando o grande valor pessoal e doutrinário de Chico Xavier. Sua contribuição mediúnica foi fundamental para redefinir os rumos do Movimento Espírita e da própria Doutrina, bem como seus exemplos são sobremodo reveladores do avanço moral que conseguiu consolidar na presente encarnação. 

Contudo, seja como médium, seja como pessoa, Chico não necessita de homenagens e de idolatria! Encarnado, sempre fugiu desses confetes e dessas deturpações. Por que o forçarmos a recebê-las agora, quando, na condição de espírito, necessita de tranquilidade para cuidar de seus interesses?

Farei minhas as palavras seguras e firmes de outra médium notável, Yvonne do Amaral Pereira, que tinha e sabia o que dizer:

"O médium não tem que receber privilégios, nem elogios, nem homenagens especiais. Esse erro tem entravado, prejudicado e até destruído o progresso de muitos médiuns. O médium é um ser no Bem como outro qualquer, e, como intermediário entre o Invisível e a Terra, está cumprindo o seu dever como os demais adeptos cumprem o deles. Precisa, sim, é de caridade... e orações que lhe deem forças para o mandato que deverá desempenhar. Lembremos de que o próprio Mestre disse aos seus apóstolos: 'Assim também vós, depois de haverdes feito quanto vos foi ordenado, dizei: Somos servos inúteis porque fizemos apenas o que devíamos fazer' (Lucas, 17:3 a 10)". (Do livro Pelos caminhos da mediunidade serena)

Dissemos e repetimos: nem Chico é um santo, nem nós necessitamos desse culto externo para reconhecer o seu valor. Se quisermos verdadeiramente homenageia-lo e reconhecer sua importância, adotemos dois comportamentos: estudemos longamente os livros que produziu, buscando divulgá-los e esclarecê-los para toda gente (aquela caridade para com a Doutrina de que nos falou Emmanuel), e sigamos seus exemplos de renúncia, humildade e devotamento ao Bem.

Aí, sim, estaremos cumprindo – e bem cumprindo – o nosso papel!

Salvador, 30 de junho de 2012. 

terça-feira, 26 de junho de 2012

Anjos de Guarda Os Companheiros de Todas as Horas

Pergunta nº 495 do livro dos Espíritos

495- Poderá dar-se que o Espirito protetor abandone o seu protegido, por se lhe mostrar este rebelde aos conselhos?

Afasta-se quando vê que seus conselhos são inúteis e que mais forte é, no seu protegido, a decisão de submeter-se à influência dos Espíritos inferiores. Mas, não o abandona completamente e sempre se faz ouvir. É então o homem quem tapa os ouvidos. O protetor volta desde que este o chame.

É uma doutrina, esta, dos anjos guardiães, que, pelo seu encanto e doçura, deverá converter os mais incrédulos. Não vos parece grandemente consoladora a ideia de terdes sempre junto de vós seres que vos são superiores, prontos sempre a vos aconselhar e amparar, a vos ajudar na ascensão da abrupta montanha do bem; mais sinceros e dedicados amigos do que todos os que mais intimamente se vos liguem na Terra? Eles se acham ao vosso lado por ordem de Deus. Foi Deus quem aí os colocou e, aí permanecendo por amor de Deus, desempenham bela, porém penosa missão. Sim, onde quer que estejais, estarão convosco. Nem nos carceres, nem nos hospitais, nem nos lugares de devassidão, nem na solidão, estais separados desses amigos a quem não podeis ver, mas cujo brando influxo vossa alma sente, ao mesmo tempo que lhes ouve os ponderados conselhos.

Ah! Se conhecêsseis bem esta verdade! Quanto vos ajudaria nos momentos de crise! Quanto vos livraria dos maus Espíritos! Mas, oh! Quantas vezes, no dia solene, não se verá esse anjo constrangido a vos observar: não te aconselhei isto? Entretanto, não o fizeste. Não te mostrei o abismo? Contudo, nele te precipitaste! Não fiz ecoar na tua consciência a voz da verdade? Preferiste, no entanto, seguir os conselhos da mentira! Oh! Interrogai os vossos anjos guardiães; estabelecei entre eles e vós essa terna intimidade que reina entre os melhores amigos. Não penseis em lhes ocultar nada, pois que eles têm o olhar de Deus e não podeis enganá-los. Pensai no futuro; procurai adiantar-vos na vida presente. Assim fazendo, encurtais vossas provas e mais felizes tornareis as vossas existências. Vamos, homens, coragem! De uma vez por todas, lançai para longe todos os preconceitos e ideias preconcebidas. Entrai na nova senda que diante dos passos se vos abre.

Caminhai! Tendes guias, segui-os, que a meta não vos pode faltar, porquanto essa meta é o próprio Deus.
Aos que considerem impossível que Espíritos verdadeiramente elevados se consagrem a tarefa tão laboriosa e de todos os instantes, diremos que nós vos influenciamos as almas, estando embora muitos milhões de léguas distantes de vós. O espaço, para nós, nada é, e, não obstante viverem noutro mundo, os nossos Espíritos conservam suas ligações com os vossos. Gozamos de qualidades que não podeis compreender, mas ficais certos de que Deus não vos impos tarefa superior às nossas forças e de que não vos deixou sós na Terra, sem amigos e sem amparo. Cada anjo de guarda tem o seu protegido, pelo qual vela, como o pai pelo filho. Alegra-se, quando o vê no bom caminho; sofre, quando ele lhe despreza os conselhos.

Não receeis fatigar-nos com as vossas perguntas. Ao contrário, procurai estar sempre em relação connosco. Sereis assim mais fortes e mais felizes. São essas comunicações de cada um com o seu Espirito familiar que fazem sejam médiuns todos os homens, médiuns ignorados hoje, mas que se manifestarão mais tarde e se espalharão qual oceano sem margens, levando de roldão a incredulidade e a ignorância. Homens doutos, instrui os vossos semelhantes; homens de talento, educai os vossos irmãos. Não imaginais que obra fazeis desse modo: a do Cristo, a que Deus vos impõe. Para que vos outorgou Deus a inteligência e o saber, senão para os repartirdes com os vossos irmãos, senão para fazerdes que se adiantem pela senda que conduz À bem-aventurança, à felicidade eterna?

SÃO LUÍS, SANTO AGOSTINHO

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Como Chegarão os Abastados ao Outro Lado da Vida? Eis a Resposta.

UMA REALEZA TERRENA

UMA RAINHA DE FRANÇA
Havre, 1863

(Imagem apenas ilustrativa)
Quem poderia, melhor do que eu, compreender a verdade destas palavras de Nosso Senhor: Meu Reino não é deste mundo? O orgulho me perdeu sobre a terra. Quem, pois, compreenderia o nada dos reinos do mundo se eu não o compreendesse? O que foi que eu levei comigo, da minha realeza terrena? Nada, absolutamente nada. E como para tornar a lição mais terrível, ela não me acompanhou sequer ate ao túmulo!

Rainha eu fui entre os homens, e rainha pensei chegar ao reino dos céus. Mas que desilusão! E que humilhação, quando, em vez de ser ali recebida como soberana, tive de ver acima de mim, mas muito acima, homens que eu considerava pequeninos e os desprezava, por não terem nas veias um sangue nobre!

Oh, só então compreendi a fatuidade dos homens e das grandezas que tão avidamente buscamos sobre a terra!

Para preparar um lugar nesse reino são necessária abnegação, a humildade, a caridade, a benevolência para com todos.

Não se pergunta o que foste, que posição ocupaste, mas o bem que fizeste, as lágrimas que enxugas-te.

Oh, Jesus! Disseste que teu reino não era deste mundo, porque é necessário sofrer para chegar ao céu, e os degraus do trono não levam até lá. São os caminhos mais penosos da vida os que conduzem a ele. Procurai, pois, o caminho através de espinhos e abrolhos, e não por entre as flores!

Os homens correm atrás dos bens terrenos, como se os pudessem guardar para sempre. Mas aqui não há ilusões e logo eles se apercebem de que conquistaram apenas sombras, desprezando os únicos bens sólidos e duráveis, os únicos que lhes podem abrir as portas dessa morada.

Tende piedade dos que não ganharam o reino dos céus. Ajudai-os com as vossas preces, porque a prece aproxima o homem do Altíssimo, é o traço de união entre o céu e a terra.
Não esqueçais!   

(Mensagem do espirito de uma rainha francesa, extraída do livro “O Evangelho segundo o Espiritismo” de Allan Kardec).

quarta-feira, 9 de maio de 2012

Emmanuel e o Talento Esquecido

         O Talento Esquecido



No mercado da vida, observamos os talentos da Providência Divina fulgurando na experiência humana, dentro das mais variadas expressões. Talentos da riqueza material, da intelectualidade brilhante, da beleza física, dos sonhos juvenis, dos louros mundanos, do brilho social e doméstico, do poder e da popularidade.

Alinham-se, à maneira de jóias grandes e pequenas, agradáveis e preciosas, estabelecendo concorrência avançada entre aqueles que as procuram.



***



Há, porém, um talento de luz acessível a todos. Brilha entre ricos e pobres, cultos e incultos. Aparece em toda parte. Salienta-se em todos os ângulos da luta. Destaca-se em todos os climas e sugere engrandecimento em todos os lugares.

E o talento da oportunidade, sempre valioso e sempre o mesmo, na corrente viva e incessante das horas.

É o desejo de doar um pensamento mais nobre ao círculo da maledicência, de fortalecer com um sorriso o ânimo abatido do companheiro desesperado, de alinhavar uma frase amiga que enterneça os maus a se sentirem menos duros e que auxilie aos bons a se revelarem sempre melhores, de prestar um serviço insignificante ao vizinho, plantando o pomar da gratidão e da amizade, de cultivar algum trato anónimo de solo, onde o arvoredo de amanhã fale sem palavras de nossas elevadas intenções.



***



Acima de todos os dons, permanece o tesouro do tempo.

Com as horas os santos construíram a santidade e os sábios amealharam a sabedoria.

É com o talento esquecido das horas que edificaremos o nosso caminho, no rumo da Espiritualidade Superior, na aplicação silenciosa com o mestre que, atendendo compassivamente às necessidades de todos os aprendizes, prometeu, com amor, não somente demorar-se conosco até ao fim dos séculos terrestres, mas também asseverou, com justiça, que receberemos individualmente na vida, de acordo com as nossas próprias obras.



(Extraído do livro “Caridade”, do espírito Emmanuel, psicografado pelo médium Francisco Cândido Xavier.)

sábado, 5 de maio de 2012

Homenagem a Todas as Mães

ORAÇÃO NO LAR


Mãezinha querida!

Sei que hoje serás reverenciada, com todas as Mães, em palácios festivos.

Tribunas luminosas serão erguidas para elogios públicos.

Entretanto, ansiava reencontrar-te, no templo do lar, que sustentaste com sacrifícios mudos.

Ouvi cânticos de profunda beleza, em louvor do teu nome, e atravessei larga fila de cartazes que te recordam na rua, mas venho rogar-te a canção de simplicidade e doçura com que me embalaste o berço.

Árvore generosa, que me abrigaste o ninho de esperança, ensina-me como pudeste resistir às tempestades que te sacudiram os ramos!

Estrela, que me clareaste os passos primeiros, entre as sombras do mundo, conta-me o que fizeste para brilhar sem fadiga, na longa noite do sofrimento!...

Escutei muitos mestres e folheei muitos livros, no entanto, nenhum deles me falou tão intensamente de Deus, quanto a linguagem silenciosa dos teus beijos de ternura e as letras divinas, a transparecerem, inexplicadas, dos calos de trabalho que te marcam as mãos.

Associando-me às homenagens com que te honram lá fora, procuro inutilmente exprimir o amor que me inspiras e busco, em vão, externar reconhecimento e alegria, porque as palavras se me desfalecem na boca…

Quero proclamar que és rainha de nossa casa e tento envolver-te a cabeça cansada com as flores do carinho, contudo vejo-te a coroa de lagrimas em forma de fios brancos e nada mais consigo dizer que sinto remorso, pensando nas dores e nas aflições que te dei.

Sim, Mãezinha!
Há banquetes de regozijo que te esperam a melodia da bênção, mas, desculpa se te rogo para ficares comigo no enternecimento do coração.

Traze o pão pobre e alvo que me davas na infância, guarda-me no teu colo e repete, de novo, para que eu possa aprender: “ Pai nosso, que estás no Céu”…

(Mensagem do espirito Meimei, retirada do livro " Excursão de Paz", psicografado por Chico Xavier.) 

quarta-feira, 2 de maio de 2012

Mãe de Chico Xavier Visita Planeta Marte

                                    O PLANETA MARTE

Meus amigos, é com permissão dos nossos Guias dos planos superiores que desejo prosseguir, nesta noite, as minhas narrativas de Além-túmulo. Não está em nós a presunção de resolver incógnitas científicas e nem derrogar os decretos do Altíssimo, que, do lado de cá, nos merece a mais sublime de todas as venerações. (…)

(…) Todas essas distantes pátrias, que os vossos telescópios focalizam, dentro da noite imensa, não poderiam estar vazios e abandonados. Não se compreende uma cidade edificada, rica de monumentos e obras, sem habitantes e sem vida. Os planetas, que rolam no infinito, constituem a família universal, por excelência. Cada um deles comporta uma humanidade, irmã de todas as outras que vibram na imensidade.

É toda vaidade do homem terreno afirmar-se a única criatura pensante do Universo, mesmo porque a Terra é um dos planos mais obscuros e mais repletos de amargura para quantos já experimentaram algo das felicidades imorredouras que a evolução do sentimento e do raciocínio pode facultar. Para as almas acendradas no amor, a Terra é bem o recanto do exilio e das sombras. (…)


(…) É para a vossa ciência uma afirmativa audaciosa, dizer-vos que pude ver o planeta Marte, identificando-me com os seus elementos a fim de conhecer de mais perto as suas belezas ignoradas. (…)

(…) Como das outras vezes, meus amigos, não pude fazer sozinha uma excursão dessa natureza. O Guia de sempre conduzia os meus passos. E foi assim que bastou um pensamento forte de nossa vontade, concentrada nesse objetivo, para que efetuássemos essa viagem vertiginosa, cuja duração foi de poucos segundos, de acordo com a vossa contagem do tempo aí na Terra.

Vi-me à frente de um lago maravilhoso, junto de uma cidade, formada de edificações profundamente análogas à da Terra. Apenas a vegetação era ligeiramente avermelhada, mas as flores e os frutos particularizavam-se pela variedade de cores e de perfumes.

Percebi, perfeitamente, a existência de uma atmosfera parecida com a de Terra, mas o ar, na sua composição, afigurava-se muitíssimo mais leve. Assegurou-me, então o mestre, que me acompanhava, que a densidade em Marte é sobremaneira mais leve, tornando-se atmosfera muito rarefeita.

Vi homens mais ou menos semelhantes aos nossos irmãos terrícolas, mas os seus organismos possuíam diferenças apreciáveis. Alem dos braços, tinham ao longo das espáduas ligeiras, ligeiras protuberâncias à guisa de asas que lhes prodigalizam interessantes faculdades volitivas. Percebi que a vida da humanidade marciana é mais aérea. Poderosas máquinas, muitíssimo curiosas na sua estrutura, cruzavam as ares, em todas as direções. Vi oceanos, apesar da água se me afigurar menos densa e esses mares muito pouco profundos. Há ali um sistema de canalizações, mas não por obras de engenharia dos seus habitantes, e sim por uma determinação natural da topografia do planeta que poe em comunicação continua todos os mares.

Não vi montanhas, sendo notáveis as planícies imensas, onde os felizes habitantes desse orbe desempenham as suas atividades consuetudinárias. As águas são muito mais raras. As chuvas quase que se não verificam, mostrando-se o céu geralmente sem nuvens. Afirmou-me o protetor que grande parte das águas desse planeta, desapareceram nas infiltrações do solo, combinando-se com elementos químicos das rochas, excluindo-se da circulação ordinária do orbe.

Assegurou-me, ainda o desvelado mentor espiritual, que a humanidade de Marte evoluiu mais rapidamente que a da Terra e que desde os pródromos da formação dos seus núcleos sociais, nunca precisou destruir para viver, longe das conceções dos homens terrenos cuja vida não prossegue sem a morte e cujos estômagos estão sempre cheios de vísceras e de virtualhas de outros seres da criação.

O dia ali é igual ao da Terra, pois conta 24 horas e quase 40 minutos, mas os anos constam de 668 dias, tornando as estações mais demoradas, sem transformações bruscas de ordem climática que tanto prejudicam a saúde humana.

Disse-me, ainda, o mestre desvelado, que os marcianos já descobriram grande parte dos segredos das forças ocultas da natureza. Conhecem os profundos enigmas da eletricidade, sabendo utiliza-la com maestria. Nas questões astronómicas, são eminentemente mais adiantados do que seus companheiros da Terra, compreendendo todos os fenómenos e a maior parte dos mistérios da natureza do vosso planeta.

Vi lá formidáveis aparelhos fotoelétricos que registam, com precisão matemática, a quase totalidade das expressões fenoménicas dos mundos que estão mais próximos desse orbe maravilhoso. Em vez do satélite, que ilumina as vossas noites, observei que Marte é servido por dois. Duas luas que parecem gravitar uma em torno da outra, porem menores, muito menores que a vossa.

Todavia, o que mais me admirou não foram as expressões físicas desse planeta, tão adiantado em comparação com o vosso. Nele a sociedade está constituída de tal forma, que as guerras ou flagelos seriam fenômenos jamais previstos ou suspeitados. A vibração de paz e de harmonia que ali se experimenta irradia aos corações felicidades nunca sonhadas na Terra. A mais profunda espiritualidade caracteriza essa humanidade, rica de amor fraterno e respeito ao Criador.


 Retirado do livro "Cartas de Uma Morta" do espirito Maria João de Deus, através da mediunidade de seu filho Chico Xavier.

sábado, 28 de abril de 2012

Não Nos Deixemos Cair no Desânimo... Eis os Conselhos de Batuíra

Na Jornada Espiritual
(Batuíra/Chico Xavier)

Sem nos referirmos ao grupo de corações que nos compõem a família espiritual, temos igualmente connosco legião de benfeitores espirituais que não nos abandonam.

Prossigamos à frente com aquela esperança que jamais esmorece.

Nas horas de agonia moral surgem, por outro lado, aqueles irmãos nossos do pretérito que ainda não se afinam com os nossos ideais de renovação, a trazerem sobre nosso caminho o veneno sutil do desânimo, à feição de pessoas inconscientes que lançassem corrosivo num celeiro de pão.

Estejamos em guarda, trabalhando, servindo, ajudando, compreendendo, esperando…

Embora, muitas vezes, a sentirmo-nos desolados e aparentemente sozinhos, não nos esqueçamos de mentalizar o Divino Amigo.

Ele, o Mestre Silencioso e Eloquente, caminhará connosco, amparando-nos a experiencia.

É como se voltássemos a velhos tempos, registando-lhes as palavras:

“Tende bom ânimo! Eu estou aqui!...”

 Batuíra


 (Mensagem do espirito Batuíra, psicografada pelo médium Francisco Candido Xavier.)

terça-feira, 24 de abril de 2012

Perda de Ente Queridos... Joanna de Ângelis Ensina Como Encarar

Fenómenos Inexoráveis
(Joanna de Ângelis/Divaldo P. Franco)

Vês definhar o ser querido, que a enfermidade implacável consome.

Preocupas-te e disfarças a tua agonia, ante o inexorável acontecimento.

Anotas o nome da pessoa querida, que a desencarnação violenta arrebatou e tem o coração dorido.
Oras, em silêncio, sem que ninguém saiba o que experimentas em forma de melancolia.
Recebes informação sobre acontecimentos rudes afectando corações afectuosos, que são convidados a dores extenuantes.

Padeces choque emocional, constatando a tua carência de recursos diante de tão graves provações.
Chega-te o apelo angustiado de amigos queridos que despertam na soledade, ante as infaustas partidas daqueles a quem amam.

Constatas a precariedade da existência física e sofres calado, embora sorrindo.
Defrontas os companheiros da juventude, agora deformados, combalidos, sem rumo.
Nublam-se-te os olhos com lágrimas que não deixas cair, a fim de que ninguém perceba a tua compunção.

Multiplicam-se, em toda parte, as enfermidades mutiladoras, exaurintes, perturbadoras, que acometem os seres vivos e dilaceram as criaturas humanas, deixando vazios terríveis nos corações.

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Não te desalentes, porém.

A desencarnação é etapa final do fenómeno biológico e ninguém se eximirá de experimentá-la.
Não te entristeças ante os infortúnios e padecimentos daqueles a quem amas.

Canta aos ouvidos desses que padecem, a canção da imortalidade, acenando-lhes com a esperança de libertação próxima que virá.

Dize-lhes que a existência corporal é veste que dura um dia e a dor é fenómeno de desgaste que descerra a luz guardada no íntimo.

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Felizes os que sabem sofrer.

Bem-aventurados aqueles que expungem na Terra.

Se a estância é breve na matéria, o estágio libertador é longo e abençoado.

Anima os que se dilaceram nas enfermidades consumidoras, irradiando-lhes as alegrias com que se inundarão de coragem para sublimar-se.

Reflexiona com eles sobre a realidade da existência humana e o que a todos aguarda após a morte.
Nenhuma dor que permaneça sem termo.

A morte é, portanto, dádiva de Deus para interromper os ciclos afligentes.

Raciocina, portanto, examinando a vida sob o ponto de vista espiritual e tudo se modificará.
Sentir-te-ás feliz, então, vendo os amigos em processo de libertação, antegozando as alegrias que os esperam, por tua vez, a ti também aguardando.

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Jesus, sadio e puro, ensinando o amor e confirmando a imortalidade, aceitou, espontaneamente, a traição de um amigo, a negação de outro, o abandono de quase todos, e sofrendo, sem desanimar, permaneceu, tranquilo, tal a Sua certeza, que nos legou, do triunfo da vida além da morte e da noite humana.

Assim, reflexiona e deixa-te dominar pela fé na imortalidade, verificando que, nesta condição, tudo se altera e passa a ter nova e ditosa configuração.


(Pagina psicografada pelo médium Divaldo P. Franco em 25-07-1990, no Centro Espírita Caminho da Redenção, em Salvador – BA.)

sexta-feira, 20 de abril de 2012

Bezerra de Menezes Convoca-nos a Todos Para a Grande Transição

Transição Planetária

Meus filhos:
Que Jesus nos abençoe

A sociedade terrena vive, na atualidade, um grave momento mediúnico no qual, de forma inconsciente, dá-se o intercâmbio entre as duas esferas da vida. Entidades assinaladas pelo ódio, pelo ressentimento, e tomadas de amargura cobram daqueles algozes de ontem o pesado ônus da aflição que lhes tenham proporcionado. 

Espíritos nobres, voltados ao ideal de elevação humana sincronizam com as potências espirituais na edificação de um mundo melhor. As obsessões campeiam de forma pandêmica, confundindo-se com os transtornos psicopatológicos que trazem os processos afligentes e degenerativos.

Sucede que a Terra vivencia, neste período, a grande transição de mundo de provas e de expiações para mundo de regeneração.
Nunca houve tanta conquista da ciência e da tecnologia, e tanta hediondez do sentimento e das emoções. As glórias das conquistas do intelecto esmaecem diante do abismo da crueldade, da dissolução dos costumes, da perda da ética, e da decadência das conquistas da civilização e da cultura...

Não seja, pois, de estranhar que a dor, sob vários aspectos, espraia-se no planeta terrestre não apenas como látego mas, sobretudo, como convite à reflexão, como análise à transitoriedade do corpo, com o propósito de convocar as mentes e os corações para o ser espiritual que todos somos.

Fala-se sobre a tragédia do cotidiano com razão.

As ameaças de natureza sísmica, a cada momento tornam-se realidade tanto de um lado como de outro do planeta. O crime campeia a solta e a floração da juventude entrega-se, com exceções compreensíveis, ao abastardamento do caráter, às licenças morais e à agressividade.

Sucede, meus filhos, que as regiões de sofrimento profundo estão liberando seus hóspedes que ali ficaram, em cárcere privado, por muitos séculos e agora, na grande transição, recebem a oportunidade de voltarem-se para o bem ou de optar pela loucura a que se têm entregado. E esses, que teimosamente permanecem no mal, a benefício próprio e do planeta, irão ao exílio em orbes inferiores onde lapidarão a alma auxiliando os seus irmãos de natureza primitiva, como nos aconteceu no passado.

Por outro lado, os nobres promotores do progresso de todos os tempos passados também se reencarnam nesta hora para acelerar as conquistas, não só da inteligência e da tecnologia de ponta, mas também dos valores morais e espirituais. Ao lado deles, benfeitores de outra dimensão emboscam-se na matéria para se tornarem os grandes líderes e sensibilizarem esses verdugos da sociedade.

Aos médiuns cabe a grande tarefa de ser ponte entre as dores e as consolações. Aos dialogadores cabe a honrosa tarefa de ser, cada um deles, psicoterapeutas de desencarnados, contribuindo para a saúde geral. Enquanto os médiuns se entregam ao benefício caridoso com os irmãos em agonia, também têm as suas dores diminuídas, o seu fardo de provas amenizados, as suas aflições contornadas, porque o amor é o grande mensageiro da misericórdia que dilui todos os impedimentos ao progresso – é o sol da vida, meus filhos, que dissolve a névoa da ignorância e que apaga a noite da impiedade.

Reencarnastes para contribuir em favor da Nova Era.

As vossas existências não aconteceram ao acaso, foram programadas.

Antes de mergulhardes na neblina carnal, lestes o programa que vos dizia respeito e o firmastes, dando o assentimento para as provas e as glórias estelares.

O Espiritismo é Jesus que volta de braços abertos, descrucificado, ressurreto e vivo, cantando a sinfonia gloriosa da solidariedade.
Dai-vos as mãos!

Que as diferenças opinativas sejam limadas e os ideais de concordância sejam praticados. Que, quaisquer pontos de objeção tornem‑se secundários diante das metas a alcançar.

Sabemos das vossas dores, porque também passamos pela Terra e compreendemos que a névoa da matéria empana o discernimento e, muitas vezes, dificulta a lógica necessária para a ação correta. Mas ficais atentos: tendes compromissos com Jesus...

Não é a primeira vez que vos comprometestes enganando, enganado-vos. Mas esta é a oportunidade final, optativa para a glória da imortalidade ou para a anestesia da ilusão.

Ser espírita é encontrar o tesouro da sabedoria.

Reconhecemos que na luta cotidiana, na disputa social e econômica, financeira e humana do ganha-pão, esvai-se o entusiasmo, diminui a alegria do serviço, mas se permanecerdes fiéis, orando com as antenas direcionadas ao Pai Todo-Amor, não vos faltarão a inspiração, o apoio, as forças morais para vos defenderdes das agressões do mal que muitas vezes vos alcança.

Tende coragem, meus filhos, unidos, porque somos os trabalhadores da última hora, e o nosso será o salário igual ao do jornaleiro do primeiro momento.

Cantemos a alegria de servir e, ao sairmos daqui, levemos impresso no relicário da alma tudo aquilo que ocorreu em nossa reunião de santas intenções: as dores mais variadas, os rebeldes, os ignorantes, os aflitos, os infelizes, e também a palavra gentil dos amigos que velam por todos nós.

Confiando em nosso Senhor Jesus Cristo, que nos delegou a honra de falar em Seu nome, e em Seu nome ensinar, curar, levantar o ânimo e construir um mundo novo, rogamos a Ele, nosso divino Benfeitor, que a todos nos abençoe e nos dê a Sua paz.

São os votos do servidor humílimo e paternal de sempre,
Bezerra.

Mensagem psicofônica de Bezerra de Menezes,
transmitida por Divaldo Franco (13/11/2010 – Los Angeles - EUA)

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Mensagem de André Luiz Para Nossa Refleção

É razoável pensar nisto


A
 paciência não é um vitral gracioso para as suas horas de lazer. É amparo destinado aos obstáculos.
A serenidade não é jardim para os seus dias dourados. É suprimento de paz para as decepções de seu caminho.
A calma não é harmonioso violino para as suas conversações agradáveis. É valor substancial para os seus entendimentos difíceis.
A tolerância não é saboroso vinho para os seus minutos de camaradagem. É porta valiosa para que você demonstre boa-vontade, ante os companheiros menos evolvidos.
A boa cooperação não é processo fácil de receber concurso alheio. É o meio de você ajudar ao companheiro que necessita.
A confiança não é um néctar para as suas noites de prata. É refugio certo para as ocasiões de tormenta.
O otimismo não constitui poltrona preguiçosa para os seus crepúsculos de anil. É manancial de forças para os seus dias de luta.
A resistência não é adorno verbalista. É sustento de sua fé.
A esperança não é genuflexório de simples contemplação. É energia para as realizações elevadas que competem ao seu espírito.
Virtude não é flor ornamental. É fruto abençoado do esforço próprio que você deve usar e engrandecer no momento oportuno.
*  *  *

André Luiz
(Mensagem retirada do livro "Agenda Cristã" psicografia de Francisco Cândido Xavier)

domingo, 15 de abril de 2012

Mais Uma Prova Irrecusável de Reencarnação.

Reportagem que mostra um menino em tenra idade que se lembra detalhadamente de sua ultima vida na terra, quando era piloto ao serviço dos EUA na 2ª guerra mundial.

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Segundo Emmanuel, Somos o Reflexo dos Nossos Pensamentos.


Somos o que pensamos

“A energia mental é o fermento vivo que improvisa, altera, constringe, alarga, assimila, desassimila, integra, pulveriza ou recompõe a matéria em todas as dimensões.
Por isso mesmo, somos o que decidimos, possuímos o que desejamos, estamos onde preferimos e encontramos a vitória, a derrota ou a estagnação, conforme imaginamos.
Os acontecimentos obedecem às nossas intenções e provocações manifestas ou ocultas.
Encontraremos o que merecemos, porque merecemos o que buscamos.
A existência, pois, para nós, em qualquer parte, será invariavelmente segundo pensamos.
A mente é manancial vivo de energias criadoras.
O pensamento é substância, coisa mensurável.
Encarnados e desencarnados povoam o planeta, na condição de habitantes dum imenso palácio de vários andares, em posições diversas, produzindo pensamentos múltiplos que se combinam, que se repelem ou que se neutralizam.
O idealismo operante, a fé construtiva, o sonho que age, são pilares de todas as realizações.
Quem mais pensa, dando corpo ao que idealiza, mas apto se faz à recepção das correntes mentais invisíveis, nas obras do bem ou do mal.
O Homem permanece envolto  em largo oceano de pensamentos, nutrindo-se de substância mental em grande proporção.
Toda criatura absorve, sem perceber, a influência alheia nos recursos imponderáveis que lhe equilibram a existência.
Em forma de impulsos e estímulos, a alma recolhe, nos pensamentos que atrai, as forças de sustentação que lhe garantem as tarefas no lugar em que se coloca.
Nossa inspiração está filiada ao conjunto dos que sentem como nós, tanto quanto a fonte está comandada pela nascente.
Somos obsidiados por amigos desencarnados ou não e auxiliados por benfeitores, em qualquer plano da vida, de conformidade com a nossa condição mental.
Precisamos compreender – repetimos – que os nossos pensamentos são forças, imagens, coisas e criações visíveis e tangíveis no campo espiritual.
Atraímos companheiros e recursos, de conformidade com a natureza de nossas idéias, aspirações, invocações e apelos.
Cada criatura recebe de acordo com aquilo que dá.
Cada alma vive no clima espiritual que elegeu, procurando o tipo de experiência em que situa a própria felicidade.
Estejamos, assim, convictos de que os nossos companheiros na Terra ou no Além são aqueles que escolhemos com as nossas solicitações interiores, mesmo porque, segundo antigo ensinamento evangélico, “teremos nosso tesouro onde colocarmos o coração”.”

Extraído do livro “Roteiro” de Emmanuel, psicografado por Chico Xavier.

terça-feira, 10 de abril de 2012

Bezerra de Menezes, Fala-nos de Transição Planetária


Novas Responsabilidades
(Bezerra de Menezes)

Filhos da alma!

Que Jesus nos abençoe.

O século XXI contínua guindado à mais alta tecnologia desbravando os infindáveis horizontes da ciência.

Antigos mistérios do conhecimento são desvelados. Enigmas, que permaneciam incompreensíveis, são decifrados e o materialismo sorri zombeteiro das mensagens sublimes do amor.

Paradoxalmente, os avanços respeitáveis dessas áreas do intelecto não lograram modificar as ocorrências traumáticas que tem lugar no orbe, na atualidade.

No auge das conquistas das inteligências permanecem as convulsões sociais unidas às convulsões planetárias no momento da grande transição que passa a Terra amada por todos nós.

De um momento para o outro, uma erupção vulcânica arrebenta as camadas que ocultam o magma, e as cinzas – atiradas acima de 10 mil metros da superfície terrestre – modificam toda a paisagem europeia ameaçando as comunicações, a movimentação, enquanto se pensa em outras e continuas erupções que podem vir assinaladas por gases venenosos ou por lava incandescente…

Fenómenos de tal monta podem ser detectados, mas não impedidos, demonstrando que a vacuidade da inteligência não pode ultrapassar a sabedoria das leis cósmicas estabelecidas por Deus.

E Gaia – a grande mãe planetária – estorcega, enquanto na sua superfície a violência irrompe em catadupas, ameaçando a estabilidade da civilização: politica, económica, social e, sobretudo, moral, caracterizando estes como os dias das antigas Sodoma e Gomorra das anotações bíblicas…

Poder-se-ia acreditar que o caos seria a conclusão final inevitável, entretanto, a barca terrestre que singra os horizontes imensos do cosmo não se encontra à matroca.

Jesus está no leme e os Seus Arquitetos Divinos comandam os movimentos que lhe produzem alteração da massa geológica, enquanto se operam as transformações morais.

Iniciada a era nova, surge, neste mesmo século XXI, o período prenunciador da paz, da fé religiosa, da arte e da beleza, do bem e do dever.

Assinalando esse período de transformação, estamos convidados, encarnados e desencarnados, a contribuir em favor do progresso que nos chega de forma complexa, porem bem direcionada.

Avancemos com as hostes do Consolador na direção do porto do mundo de regeneração.

Sejam os nossos atos assinalados pelos prepostos de Jesus, de tal forma que se definam as diretrizes comportamentais. E que todos possam identificar-nos pela maneira como enfrentaremos dissabores e angustias, testemunhos e holocaustos, à semelhança dos cristãos primitivos que viveram, guardadas as proporções, período equivalente, instaurando na Terra o Evangelho libertador, desfigurado nos últimos dezassete séculos, enquanto, com Allan Kardec, surgiu o Consolador trazendo-nos Jesus de volta.  

É compreensível, portanto, que os Espíritos comprometidos com o passado delituoso tentem implantar a desordem, estabelecer o desequilíbrio das emoções para que pontifique o mal, na versão mitológica da perturbação demoníaca.

Em nome da luz inapagável daqueles momentosos dias da Galileia, particularmente durante a sinfonia incomparável das bem-aventuranças, demonstremos que a nossa é a força do amor e as nossas reflexões no mundo íntimo trabalham pela nossa iluminação.

Nos dias atuais, como no passado, amar é ver Deus em nosso próximo; meditar é encontrar Deus em nosso mundo íntimo, a fim de espargir-se a caridade na direcão de todas as criaturas humanas.

Trabalhar, portanto, o mundo íntimo, não temer quaisquer ameaças de natureza calamitosa através das grandes destruições que fazem parte do progresso e da renovação, ou aquelas de dimensão não menos significativa na intimidade doméstica, nos conflitos do sentimento, demonstrando que a luz do Cristo brilha em nós e conduz-nos com segurança.

A Eurásia, cansada de tantas guerras, de destruição, da cegueira materialistas, dos contínuos holocaustos de raças e de etnias, de governos arbitrários e perversos, clama por Jesus, como o mundo todo necessita de Jesus.

Seus emissários, de Krishna a Baha’u’lláh, de Moisés a Allan Kardec, de Buda aos peregrinos da não violência, de Maomé aos pacificadores muçulmanos, todos esses ministros de Jesus, preparam-lhe, através dos milénios, o caminho para que através do Consolador – mesmo sem mudanças de diretrizes filosóficas ou religiosas – predomine o amor.

Sejam celebradas ou vividas a crença em Deus, na imortalidade, nas vidas ou existências sucessivas, fazendo que as criaturas dêem-se as mãos construindo o mundo de regeneração e de paz pelo qual todos anelamos…

Jesus, meus filhos, ontem, hoje e amanhã, é a nossa bússola, é o nosso porto, é a nave que nos conduz com segurança à plenitude.

Porfiai no bem a qualquer preço. Uma existência corporal, por mais larga, é sempre muito breve no relógio da imortalidade. 

Semeai, portanto, hoje o amor, redimindo-vos dos equívocos de ontem com segurança, agora, na certeza de que estes são os sublimes dias da grande mudança para melhor.

Ainda verteremos muito pranto, ouviremos muito as profecias alarmantes, mas a Terra sairá desse processo de transformação mais feliz, mais depurada, com seus filhos ditosos rumando para mundo superior na escala evolutiva.

Saudamo-vos a todos os companheiros dos diversos países aqui reunido, e em nome dos Espíritos que fazem parte da equipe do Consolador, exoramos ao Mestre inolvidável que prossiga abençoando-nos com Sua paz, na certeza de que com Ele – o amor não amado – venceremos todos os obstáculos.

Muita paz, filhos da alma e que Jesus permaneça conosco. São os votos do servidor paternal e humílimo de sempre,
Bezerra


(Mensagem psicôfonica recebida pelo médium Divaldo Pereira Franco, na manhã de 09 de Maio de 2010 no encontro do Conselho Espírita Internacional, reunido em Varsóvia, Polónia.)