quarta-feira, 22 de junho de 2011

A Liberdade, Segundo Joanna de Ângeles

Liberdade

A liberdade é um tema que tem feito correr muita tinta, muito sangue, que tem sido o mote de revoluções, guerras, mais ou menos justificadas.

O homem imerso no seu profundo egoísmo e escuridão espiritual, sonha ainda com os altares do poder, ignorando o potencial interior que lhe cabe desenvolver no processo evolutivo.

Na sua postura egocentrista, usa e abusa dos conceitos, de acordo com as conveniências locais, sociais, politicas, dentro dum oportunismo que se acostumou a chamar de sagacidade, esperteza, inteligência, como se a inteligência pudesse ser algum dia, comparada às atitudes infelizes que os homens têm em seu nome.

Confundido a liberdade com libertinagem, o homem tem semeado sofrimento e dor, contraindo débitos morais de dolorosa repercussão no seu porvir.

A doutrina espírita em todo o seu esplendor, vem clarificar junto da humanidade o conceito de liberdade, alertando para a necessidade da:

- Liberdade com respeito mútuo 

- Liberdade com fraternidade

- Liberdade com responsabilidade

- Liberdade para evoluir

- Liberdade para educar

- Liberdade para resgatar

- Liberdade para amar

Se imbuído dos conceitos esclarecidos acerca da espiritualidade que a doutrina espírita já lhe oferece, o homem entende que só o verdadeiro amor (desinteressado, incondicional) liberta, e essa suprema libertação (tornando o ser verdadeiramente livre) ocorre gradativamente na medida em que se esforça, se espiritualiza, evolui.

Liberdade segundo os conceitos terrenos e segundo os conceitos da espiritualidade vivenciada, estão em diferentes níveis de entendimento e vivencia.

Busca a tua liberdade hoje, libertando-te das cadeias do erro, do orgulho, do ódio, do egoísmo, e serás verdadeiramente livre, vivenciando-a no teu intimo e não apenas como um estado social dependendo deste ou daquele modelo politico que te governa,
«Eu sou o caminho a verdade e a vida», asseverou Jesus.
Segue-o e serás verdadeiramente livre.

Mensagem ditada pelo espírito Joanna de Ângelis, psicografada pelo médium Divaldo P. Franco em uma palestra pública nas Caldas da Rainha, no dia 24 de Abril de 2003.

terça-feira, 14 de junho de 2011

Raul Teixeira Fala Sobre Apometria e Reiki e Seu Uso nas Casas Espíritas

Pergunta: Como podemos entender a insistente propaganda em nosso meio em prol da aplicação da apometria e das técnicas do Reiki em muitas casas espíritas?

Raul Teixeira: Vale sempre retomar as palavras do Divino Mestre, quando asseverou que cabe ao administrador dar conta da sua administração. O facto de grande número de administradores do Movimento Espírita – se quisermos, os chamaremos de dirigentes espíritas – deterem bem pouco conhecimento do Espiritismo, associado à covardia moral de outros tantos, tem sido responsável por essas discrepâncias.

Começam por temer o aclaramento das coisas, porque não saberiam argumentar, e passam a evocar a virtude da caridade para que tudo aceitem, omissos, em nome do luminar Espiritismo.

Assim, não têm que expor o conjunto dos seus desconhecimentos a respeito dos princípios que orientam os procedimentos espíritas.

O Espiritismo nos ensina a ser tolerantes com as ideias e concepções alheias e leva-nos a respeitar todas as crenças e interpretações espiritualistas que não concordem com a sua doutrina. Não nos abre qualquer ensejo, no entanto, para assimilá-las, como se fizessem parte dos seus ensinamentos, apenas pelo facto de que são espiritualistas.

A falta do indispensável conhecimento do Espiritismo e a má vontade em estudá-lo têm levado muitas mentes a fazer acoplagens indevidas de múltiplas concepções estranhas a sua doutrina, entusiasmadas com os odores de novidade que essas concepções encerram.

É graças, ainda, a essa ignorância que muitos ingénuos, mas vaidosos enfatuados, afivelam ao rosto as máscaras de modernidade para fazerem afirmações de que o Espiritismo está ultrapassado nos seus fundamentos, e acabam propondo essas técnicas, sejam apométricas, reikianas ou quaisquer outras, como suprassumo ou como atualizações que enriqueceriam o “superado” Espiritismo.

O que todos os espíritas seriamente convictos e operosos devem fazer é intensificar os estudos reflexivos dos princípios e instruções Kardequianos, bem como dos pensadores clássicos ou contemporâneos que os sustentam e explicam, de modo a valorizarem mais e mais a veneranda Doutrina Espírita, passando a entender ou a confirmar quanto nos falta para penetrar-nos dela, devidamente, e que, por isso, não há qualquer necessidade de colocar-lhe remendos ou acessórios espiritualistas, por mais que esses nos mereçam respeito.

Extraído de entrevista concedida especialmente à revista espirita “O Consolodor”  em 30 de Abril de 2011.
 

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Previsões do Fututro Segundo o Espiritismo

Cuidado com as previsões, eis o conselho de Kardec.


O desconhecimento do passado e nossa ignorância em relação ao futuro são duas bênçãos que Deus nos concedeu, conquanto nem sempre as tratemos com a circunspeção necessária.

No tocante ao futuro, nossa ignorância a respeito é explicada com clareza na principal obra do Espiritismo – O livro dos Espíritos.

Kardec perguntou aos imortais (L.E., 869): Com que fim o futuro se conserva oculto ao homem?

Os Espíritos responderam: “Se o homem conhecesse o futuro, negligenciaria o presente e não obraria com a liberdade com que o faz, porque o dominaria a ideia de que, se uma coisa tem que acontecer, inútil será ocupar-se com ela, ou então procuraria obstar a que acontecesse. Não quis Deus que assim fosse, a fim de que cada um concorra para a realização das coisas, até daquelas a que desejaria opor-se. Assim é que tu mesmo preparas muitas vezes os acontecimentos que hão de sobrevir no curso da tua existência”.

Evidentemente, como lemos na questão seguinte à citada, Deus permite que o futuro nos seja revelado quando isso possa facilitar a execução de uma coisa, em vez de a estorvar, obrigando o homem a agir diversamente do modo por que agiria, se não lhe fosse dado saber o que o espera. Mas a revelação pode constituir, também, uma prova. “A perspectiva de um acontecimento pode sugerir pensamentos mais ou menos bons”, afirmaram os imortais (L.E., 870).

“Se o homem vem a saber, por exemplo, que vai receber uma herança, com que não conta, pode dar-se que a revelação desse facto desperte nele o sentimento da cobiça, pela perspectiva de se lhe tornarem possíveis maiores gozos terrenos, pela ânsia de possuir mais depressa a herança, desejando talvez, para que tal se dê, a morte daquele de quem herdará. Ou, então, essa perspectiva lhe inspirará bons sentimentos e pensamentos generosos. Se a predição não se cumpre, aí está outra prova, consistente na maneira por que suportará a decepção. Nem por isso, entretanto, lhe caberá menos o mérito ou o demérito dos pensamentos bons ou maus que a crença na ocorrência daquele facto lhe fez nascer no íntimo.” (L.E., questão citada.)

Percebe-se pelo próprio conteúdo da resposta acima transcrita que a predição pode cumprir-se ou não, facto que nos sugere tenhamos o máximo cuidado para qualquer tipo de previsão, venha de onde vier.
Se ela vem de uma personalidade desencarnada, é bom ter em mente a lição que Kardec consignou no item 267 d’O Livro dos Médiuns.

“(…) os bons Espíritos “fazem que as coisas futuras sejam pressentidas, quando esse pressentimento convenha; nunca, porem, determinam datas”. “A previsão de qualquer acontecimento para uma época determinada é indício de mistificação.” (O Livro dos Médiuns, item 267, 8º paragrafo, p. 334.)

O outro cuidado que devemos ter, diz respeito à qualidade do emissário – encarnado ou desencarnado – que nos apresente revelações atinentes ao futuro, atentos à lição que Emmanuel, por meio de Chico Xavier, consignou na questão 144 de seu livro “O Consolador”, obra publicada em 1942:

“Os Espíritos de nossa esfera não podem devassar o futuro, considerando essa atividade uma característica dos atributos do Criador Supremo, que é Deus. Temos de considerar, todavia, que as existências humanas estão subordinadas a um mapa de provas gerais, onde a personalidade deve movimentar-se com o seu esforço para a iluminação do porvir, e, dentro desse roteiro, os mentores espirituais mais elevados podem organizar os factos premonitórios, quando convenham às demonstrações de que o homem não se resume a um conglomerado de elementos químicos, de conformidade com a definição do materialismo dissolvente.” (O Consolador, 144.)

Seria Emmanuel um instrutor capacitado para tal empreitada?

Ele mesmo já havia dito que não na primeira de suas obras – Emmanuel -, publicada em 1938, na qual afirmou taxativamente: “Os seres da minha esfera não conhecem o futuro, nem podem interferir nas coisas que lhe pertencem”. (Emmanuel, cap.XXXIII, FEB, 7ª edição, pag. 166.)

Fonte: Revista Espirita "O Consolador".


domingo, 5 de junho de 2011

Facto Verídico Envolvendo Chico Xavier

Chico Xavier (1910-2002)
Facto verídico de CHICO XAVIER, contado por DIVALDO P. FRANCO

Ele contou-me que tinha o hábito, em Pedro Leopoldo, de visitar pessoas que ficavam em baixo de uma velha ponte numa estrada abandonada, e que ruíra. Iam ele, sua irmã Luísa e mais duas ou três pessoas muito pobres de sua comunidade. À medida que eles aumentavam a frequência de visitas, os necessitados foram se avolumando, e mal conseguiam víveres para o grupo, pois que os seus salários eram insuficientes, e todos eram pessoas de escassos recursos.

O esposo de Luísa, que era fiscal da prefeitura, recolhia, quando nas feiras-livres havia excedente, legumes e outros alimentos, que eram doados para distribuir anonimamente, nos sábados, à noite, aos necessitados da ponte. Houve, porém, um dia em que ele, Luísa e suas auxiliares não tinham absolutamente nada. Decidiram, então, não irem, pois aquela gente estava com fome e nada teriam para oferecer. Eles também estavam vivendo com extremas dificuldades. Foi quando apareceu-lhe o espírito do Dr. Bezerra de Menezes, que sugeriu colocassem alguns jarros com água, que ele iria magnetizá-los para serem distribuídas, havendo, ao menos, alguma coisa para dar. Ele assim o fez, e o Espírito benfeitor, utilizando-se do seu ectoplasma, bem como o das demais pessoas presentes, fluidificou o líquido. Esse adquiriu um suave perfume, e então o Chico tomou as moringas e, com suas amigas, após a reunião convencional do sábado, dirigiram-se à ponte. Quando lá chegaram encontraram umas 200 pessoas, entre crianças, adultos, enfermos em geral, pessoas com graves problemas espirituais, necessitados. "Lá vem o Chico, dona Luísa" - gritaram e ele, constrangido e angustiado, por ter levado apenas água (o povo nem sabia o que seria água magnetizada, fluidificada), pretendeu explicar a ocorrência.

Levantou-se e falou: "Meus irmãos, hoje nós não temos nada" e narrou a dificuldade. As pessoas ficaram logo ofendidas, tomando atitudes de desrespeito, e ele começou a chorar. Neste momento, uma das assistidas levantou-se e disse: “alto lá! Este homem e estas mulheres vêm sempre aqui nos ajudar, e hoje, que eles não têm nada para nos dar, cabe-nos dar-lhes alguma coisa. Vamos dar-lhes a nossa alegria, vamos cantar, vamos agradecer a Deus." Enquanto ela estava dizendo isso, apareceu um caminhão carregado, e alguém, lá de dentro, interrogou: "quem é Chico Xavier?" Quando ele atendeu, o motorista perguntou se ele se lembrava de um certo Dr. Fulano de Tal? Chico recordava-se de um certo senhor de grandes posses materiais que vivia em São Paulo, que um ano antes estivera em Pedro Leopoldo, e lhe contara o drama de que era objecto. Seu filho querido desencarnara, ele e a esposa estavam desesperados ainda não havia o denominado Correio de Luz, eram comunicações mais esporádicas e Chico compadeceu-se muito da angústia do casal. Durante a reunião, o filhinho veio trazido pelo Dr. Bezerra de Menezes e escreveu uma consoladora mensagem. Então o cavalheiro disse-lhe: "Um dia, Chico, eu hei-de retribuir-lhe de alguma forma. Mas como é que meu filho deu esta comunicação?" Chico explicou-lhe: "É natural esse fenómeno, graças ao venerando Espírito Dr. Bezerra de Menezes, que trouxe o jovem desencarnado para este fim", e deu-lhe uma ideia muito rápida do que eram as comunicações mediúnicas. O casal ficou muito grato ao Dr. Bezerra de Menezes, e repetiu que um dia haveria de retribuir a graça recebida. Foi quando o motorista lhe narrou: "Estou trazendo este caminhão de alimentos mandado pelo Sr. Fulano de Tal, que me deu o endereço do Centro onde deveria entregar a carga, mas tive um problema na estrada, e atrasei-me; quando cheguei, estava tudo fechado. Olhei para os lados e apareceu-me um senhor de idade com barbas brancas, e perguntou o que eu desejava. "Estou procurando o Sr. Chico Xavier"respondi."Pois olhe: dobre ali, vá até uma ponte caída, e diga que fui eu quem o orientou" respondeu-me."E qual o seu nome?" Indaguei, e ele respondeu "Bezerra de Menezes".

                                            
                                                       

sábado, 4 de junho de 2011

Retrato Mediúnico de Maria de Nazaré.

Francisco Cândido Xavier tornou publico no final da reunião publica do Grupo Espirita de Prece, em Uberaba, na noite de 1º de Dezembro de 1984, com vistas às homenagens do Dia das Mães desse mesmo ano, que o Espirito Emmanuel ditou, por ele, um retrato falado de Maria de Nazaré ao fotografo Vicente Avela, de São Paulo.





Esse trabalho artístico foi sendo realizado aos poucos, desde meados de 1983, com retoques sucessivos realizados pela grande habilidade de Vicente, em mais de vinte contatos com o médium mineiro na capital paulista.

Naquela oportunidade Chico frisou que a fisionomia de Maria, assim retratada, revela tal qual Ela é conhecida quando de Suas visitas às esferas espirituais mais próximas e perturbadas da crosta terrestre, como, por exemplo, disse ele, na "Legião dos Servos de Maria", instituição hospitalar de amparo aos suicidas descrita detalhadamente no livro "Memorias de um Suicida", recebido mediunicamente por Yvonne do Amaral Pereira.

O trabalho não se trata de uma pintura, esclarece o fotografo Vicente Avela. Segundo suas palavras, trata-se de um trabalho basicamente fotográfico, fruto de retoques sucessivos num retrato falado inicial, tudo sob a orientação de Emmanuel através da mediunidade de Francisco Cândido Xavier.

Quando Vicente Avela concluiu a tarefa, com a arte final em pequena foto branco e preto, ele a ampliou bastante e a coloriu com tinta a óleo (trabalho em que é perito, com experiencia adquirida na época em que não havia filmes coloridos e as fotos em preto e branco eram coloridas à mão), dando origem ao retrato que ilustra este artigo.

(Condensado de uma matéria de autoria de Hércio M. C. Arantes, publicada no Anuário Espirita de 1986).