segunda-feira, 21 de maio de 2012

Como Chegarão os Abastados ao Outro Lado da Vida? Eis a Resposta.

UMA REALEZA TERRENA

UMA RAINHA DE FRANÇA
Havre, 1863

(Imagem apenas ilustrativa)
Quem poderia, melhor do que eu, compreender a verdade destas palavras de Nosso Senhor: Meu Reino não é deste mundo? O orgulho me perdeu sobre a terra. Quem, pois, compreenderia o nada dos reinos do mundo se eu não o compreendesse? O que foi que eu levei comigo, da minha realeza terrena? Nada, absolutamente nada. E como para tornar a lição mais terrível, ela não me acompanhou sequer ate ao túmulo!

Rainha eu fui entre os homens, e rainha pensei chegar ao reino dos céus. Mas que desilusão! E que humilhação, quando, em vez de ser ali recebida como soberana, tive de ver acima de mim, mas muito acima, homens que eu considerava pequeninos e os desprezava, por não terem nas veias um sangue nobre!

Oh, só então compreendi a fatuidade dos homens e das grandezas que tão avidamente buscamos sobre a terra!

Para preparar um lugar nesse reino são necessária abnegação, a humildade, a caridade, a benevolência para com todos.

Não se pergunta o que foste, que posição ocupaste, mas o bem que fizeste, as lágrimas que enxugas-te.

Oh, Jesus! Disseste que teu reino não era deste mundo, porque é necessário sofrer para chegar ao céu, e os degraus do trono não levam até lá. São os caminhos mais penosos da vida os que conduzem a ele. Procurai, pois, o caminho através de espinhos e abrolhos, e não por entre as flores!

Os homens correm atrás dos bens terrenos, como se os pudessem guardar para sempre. Mas aqui não há ilusões e logo eles se apercebem de que conquistaram apenas sombras, desprezando os únicos bens sólidos e duráveis, os únicos que lhes podem abrir as portas dessa morada.

Tende piedade dos que não ganharam o reino dos céus. Ajudai-os com as vossas preces, porque a prece aproxima o homem do Altíssimo, é o traço de união entre o céu e a terra.
Não esqueçais!   

(Mensagem do espirito de uma rainha francesa, extraída do livro “O Evangelho segundo o Espiritismo” de Allan Kardec).

quarta-feira, 9 de maio de 2012

Emmanuel e o Talento Esquecido

         O Talento Esquecido



No mercado da vida, observamos os talentos da Providência Divina fulgurando na experiência humana, dentro das mais variadas expressões. Talentos da riqueza material, da intelectualidade brilhante, da beleza física, dos sonhos juvenis, dos louros mundanos, do brilho social e doméstico, do poder e da popularidade.

Alinham-se, à maneira de jóias grandes e pequenas, agradáveis e preciosas, estabelecendo concorrência avançada entre aqueles que as procuram.



***



Há, porém, um talento de luz acessível a todos. Brilha entre ricos e pobres, cultos e incultos. Aparece em toda parte. Salienta-se em todos os ângulos da luta. Destaca-se em todos os climas e sugere engrandecimento em todos os lugares.

E o talento da oportunidade, sempre valioso e sempre o mesmo, na corrente viva e incessante das horas.

É o desejo de doar um pensamento mais nobre ao círculo da maledicência, de fortalecer com um sorriso o ânimo abatido do companheiro desesperado, de alinhavar uma frase amiga que enterneça os maus a se sentirem menos duros e que auxilie aos bons a se revelarem sempre melhores, de prestar um serviço insignificante ao vizinho, plantando o pomar da gratidão e da amizade, de cultivar algum trato anónimo de solo, onde o arvoredo de amanhã fale sem palavras de nossas elevadas intenções.



***



Acima de todos os dons, permanece o tesouro do tempo.

Com as horas os santos construíram a santidade e os sábios amealharam a sabedoria.

É com o talento esquecido das horas que edificaremos o nosso caminho, no rumo da Espiritualidade Superior, na aplicação silenciosa com o mestre que, atendendo compassivamente às necessidades de todos os aprendizes, prometeu, com amor, não somente demorar-se conosco até ao fim dos séculos terrestres, mas também asseverou, com justiça, que receberemos individualmente na vida, de acordo com as nossas próprias obras.



(Extraído do livro “Caridade”, do espírito Emmanuel, psicografado pelo médium Francisco Cândido Xavier.)

sábado, 5 de maio de 2012

Homenagem a Todas as Mães

ORAÇÃO NO LAR


Mãezinha querida!

Sei que hoje serás reverenciada, com todas as Mães, em palácios festivos.

Tribunas luminosas serão erguidas para elogios públicos.

Entretanto, ansiava reencontrar-te, no templo do lar, que sustentaste com sacrifícios mudos.

Ouvi cânticos de profunda beleza, em louvor do teu nome, e atravessei larga fila de cartazes que te recordam na rua, mas venho rogar-te a canção de simplicidade e doçura com que me embalaste o berço.

Árvore generosa, que me abrigaste o ninho de esperança, ensina-me como pudeste resistir às tempestades que te sacudiram os ramos!

Estrela, que me clareaste os passos primeiros, entre as sombras do mundo, conta-me o que fizeste para brilhar sem fadiga, na longa noite do sofrimento!...

Escutei muitos mestres e folheei muitos livros, no entanto, nenhum deles me falou tão intensamente de Deus, quanto a linguagem silenciosa dos teus beijos de ternura e as letras divinas, a transparecerem, inexplicadas, dos calos de trabalho que te marcam as mãos.

Associando-me às homenagens com que te honram lá fora, procuro inutilmente exprimir o amor que me inspiras e busco, em vão, externar reconhecimento e alegria, porque as palavras se me desfalecem na boca…

Quero proclamar que és rainha de nossa casa e tento envolver-te a cabeça cansada com as flores do carinho, contudo vejo-te a coroa de lagrimas em forma de fios brancos e nada mais consigo dizer que sinto remorso, pensando nas dores e nas aflições que te dei.

Sim, Mãezinha!
Há banquetes de regozijo que te esperam a melodia da bênção, mas, desculpa se te rogo para ficares comigo no enternecimento do coração.

Traze o pão pobre e alvo que me davas na infância, guarda-me no teu colo e repete, de novo, para que eu possa aprender: “ Pai nosso, que estás no Céu”…

(Mensagem do espirito Meimei, retirada do livro " Excursão de Paz", psicografado por Chico Xavier.) 

quarta-feira, 2 de maio de 2012

Mãe de Chico Xavier Visita Planeta Marte

                                    O PLANETA MARTE

Meus amigos, é com permissão dos nossos Guias dos planos superiores que desejo prosseguir, nesta noite, as minhas narrativas de Além-túmulo. Não está em nós a presunção de resolver incógnitas científicas e nem derrogar os decretos do Altíssimo, que, do lado de cá, nos merece a mais sublime de todas as venerações. (…)

(…) Todas essas distantes pátrias, que os vossos telescópios focalizam, dentro da noite imensa, não poderiam estar vazios e abandonados. Não se compreende uma cidade edificada, rica de monumentos e obras, sem habitantes e sem vida. Os planetas, que rolam no infinito, constituem a família universal, por excelência. Cada um deles comporta uma humanidade, irmã de todas as outras que vibram na imensidade.

É toda vaidade do homem terreno afirmar-se a única criatura pensante do Universo, mesmo porque a Terra é um dos planos mais obscuros e mais repletos de amargura para quantos já experimentaram algo das felicidades imorredouras que a evolução do sentimento e do raciocínio pode facultar. Para as almas acendradas no amor, a Terra é bem o recanto do exilio e das sombras. (…)


(…) É para a vossa ciência uma afirmativa audaciosa, dizer-vos que pude ver o planeta Marte, identificando-me com os seus elementos a fim de conhecer de mais perto as suas belezas ignoradas. (…)

(…) Como das outras vezes, meus amigos, não pude fazer sozinha uma excursão dessa natureza. O Guia de sempre conduzia os meus passos. E foi assim que bastou um pensamento forte de nossa vontade, concentrada nesse objetivo, para que efetuássemos essa viagem vertiginosa, cuja duração foi de poucos segundos, de acordo com a vossa contagem do tempo aí na Terra.

Vi-me à frente de um lago maravilhoso, junto de uma cidade, formada de edificações profundamente análogas à da Terra. Apenas a vegetação era ligeiramente avermelhada, mas as flores e os frutos particularizavam-se pela variedade de cores e de perfumes.

Percebi, perfeitamente, a existência de uma atmosfera parecida com a de Terra, mas o ar, na sua composição, afigurava-se muitíssimo mais leve. Assegurou-me, então o mestre, que me acompanhava, que a densidade em Marte é sobremaneira mais leve, tornando-se atmosfera muito rarefeita.

Vi homens mais ou menos semelhantes aos nossos irmãos terrícolas, mas os seus organismos possuíam diferenças apreciáveis. Alem dos braços, tinham ao longo das espáduas ligeiras, ligeiras protuberâncias à guisa de asas que lhes prodigalizam interessantes faculdades volitivas. Percebi que a vida da humanidade marciana é mais aérea. Poderosas máquinas, muitíssimo curiosas na sua estrutura, cruzavam as ares, em todas as direções. Vi oceanos, apesar da água se me afigurar menos densa e esses mares muito pouco profundos. Há ali um sistema de canalizações, mas não por obras de engenharia dos seus habitantes, e sim por uma determinação natural da topografia do planeta que poe em comunicação continua todos os mares.

Não vi montanhas, sendo notáveis as planícies imensas, onde os felizes habitantes desse orbe desempenham as suas atividades consuetudinárias. As águas são muito mais raras. As chuvas quase que se não verificam, mostrando-se o céu geralmente sem nuvens. Afirmou-me o protetor que grande parte das águas desse planeta, desapareceram nas infiltrações do solo, combinando-se com elementos químicos das rochas, excluindo-se da circulação ordinária do orbe.

Assegurou-me, ainda o desvelado mentor espiritual, que a humanidade de Marte evoluiu mais rapidamente que a da Terra e que desde os pródromos da formação dos seus núcleos sociais, nunca precisou destruir para viver, longe das conceções dos homens terrenos cuja vida não prossegue sem a morte e cujos estômagos estão sempre cheios de vísceras e de virtualhas de outros seres da criação.

O dia ali é igual ao da Terra, pois conta 24 horas e quase 40 minutos, mas os anos constam de 668 dias, tornando as estações mais demoradas, sem transformações bruscas de ordem climática que tanto prejudicam a saúde humana.

Disse-me, ainda, o mestre desvelado, que os marcianos já descobriram grande parte dos segredos das forças ocultas da natureza. Conhecem os profundos enigmas da eletricidade, sabendo utiliza-la com maestria. Nas questões astronómicas, são eminentemente mais adiantados do que seus companheiros da Terra, compreendendo todos os fenómenos e a maior parte dos mistérios da natureza do vosso planeta.

Vi lá formidáveis aparelhos fotoelétricos que registam, com precisão matemática, a quase totalidade das expressões fenoménicas dos mundos que estão mais próximos desse orbe maravilhoso. Em vez do satélite, que ilumina as vossas noites, observei que Marte é servido por dois. Duas luas que parecem gravitar uma em torno da outra, porem menores, muito menores que a vossa.

Todavia, o que mais me admirou não foram as expressões físicas desse planeta, tão adiantado em comparação com o vosso. Nele a sociedade está constituída de tal forma, que as guerras ou flagelos seriam fenômenos jamais previstos ou suspeitados. A vibração de paz e de harmonia que ali se experimenta irradia aos corações felicidades nunca sonhadas na Terra. A mais profunda espiritualidade caracteriza essa humanidade, rica de amor fraterno e respeito ao Criador.


 Retirado do livro "Cartas de Uma Morta" do espirito Maria João de Deus, através da mediunidade de seu filho Chico Xavier.